sábado, 10 de dezembro de 2011
Pardais
O sol beija o quarto, ilumina as paredes, realçando as cores nos detalhes onde invejei Frida. Sábado de preguiça. Uma vontade louca de soltar o corpo mundo afora num ‘¿Quien me va a entregar sus emociones? ¿Quien me va a pedir que nunca le abandone?’, e rindo do inusitado, da lembrança, da vontade de liberdade no absolutamente simples, no descomplicado. Alegria levada ao extremo de assumir, mesmo que só por alguns dias, uma cortina exagerada, vermelha, florida. Delícia de sábado, bem-te-vi gritando, barulhinho de pardais bicando, desfiando o toldo para construir ninhos (ninhos simples, ninhos de pardais). Cheiro de café invadindo a casa e - que leveza na alma! - nenhuma outra necessidade além de vivê-lo.
Márcia Leite
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