domingo, 7 de junho de 2009

ardo-me



ardo-me por um tango de Piazolla
um soneto de Neruda
um poema de Lorca
encolho-me sob os personagens
de Guimarães
exibo-me às palavras de Luiz
ser não é viver o desejo
é ser o próprio desejo
respirá-lo
expirá-lo
senti-lo no baixo ventre
destilando nas veias
para bebê-lo ardente
direto da boca da alma.


Márcia Leite

2 comentários:

Anônimo disse...

Uau! Desejo é o que faz a vida crescer. Não desejar é ausência de vida. Desejar é verbo conjugado no presente. Tem que ser já. Não se deixa pra depois o que se sente!
Estavas inspirada mesmo para escrever assim tão caliente!

Beijos

Solzita

Carmen Regina Dias disse...

Magnifico!